terça-feira, 30 de março de 2010

I thought we'd be family together... but I was sadly mistaken





If I had a bill for all the philosophies I shared
If I had a penny for all the possibilities I presented
If I had a dime for every hand thrown up in the air
My wealth would render this no less severe


(...)

quinta-feira, 4 de março de 2010

O Mito da Criatividade

De vez em quando eu recebo entrevistas (via email) de alunos de faculdade que estão fazendo algum trabalho sobre quadrinhos, criação de roteiros, Turma da Mônica ou sobre o próprio Maurício de Sousa. Frequentemente as perguntas são muito parecidas, girando em torno das mesmas questões...

Na semana passada eu recebi mais uma entrevista, dessa vez as perguntas vieram da leitora Gabriela Lima, que cursa Publicidade na ESAMC. Diferentemente dos outros "questionários", dessa vez o trabalho era sobre o mito da criatividade e as perguntas eram bem pertinentes, curiosas e muito interessantes de responder.

Achei que seria oportuno postar a entrevista aqui, já que muita gente pode ter as mesmas dúvidas sobre esse assunto. Senta que lá vem história...



1) Você se considera criativo?

Bom, acho que essa é uma das características principais do meu trabalho. É quase uma obrigação que eu me imponho a cada mês: "Não escrever histórias com temas repetidos, surpreender o leitor e buscar o inusitado."



2) Que características uma pessoa criativa precisa ter?

_ Pra começar você precisa ter muita sede de leitura e conhecimento. Ninguém que não goste muito de ler e de acompanhar o que acontece nessa área (cultura e entretenimento) vai conseguir criar um trabalho original. Por exemplo, se você quer ser um roteirista da Turma da Mônica, mas lê apenas os gibis da Turma da Mônica, não vai trazer nada de novo para a revista. Seu repertório é muito limitado, você vai se basear sempre em histórias que já foram contadas e reciclar velhas idéias que outros roteiristas já tiveram.

_ Para estimular a criatividade, o escritor/publicitário/ilustrador precisa ter um vasto repertório de referências na cabeça. Leia de tudo. Catálogos, livros, gibis europeus, americanos, alternativos, tiras de jornal, revistas informativas e até mesmo campanhas editoriais. Assista filmes, desenhos animados, comerciais, seriados de tv, acompanhe tudo o que está acontecendo no mundo da arte, busque idéias em todos os lugares. Quanto mais cultura você absorver, mais material a sua mente vai ter para trabalhar. Esse excesso de informação é o que dá forma à criatividade. Com todos esses elementos fervilhando na sua cabeça você poderá criar o que quiser.

_ Seja original. Jamais copie uma idéia e nem caia nas armadilhas do “hype”. Não importa que Harry Potter esteja fazendo sucesso, você não vai criar um bruxinho pra tentar fazer dinheiro fácil. Se vampiros adolescentes estiverem na moda, você não precisa criar mais uma leva de vampiros adolescentes só para ganhar visibilidade. Idéias copiadas tiram toda a credibilidade do autor. Você tem que acreditar na originalidade do seu produto e ter muita coragem para ir contra a correnteza, mas depois de algum tempo você vai perceber que são os outros (que não têm criatividade) que tentarão copiar suas idéias e pegar carona no seu estilo.

_ Adquira fluência na língua. Escreva muito, mas não escreva nada em “internetês” ou você vai acabar pegando manias muito difíceis de largar no futuro.

_ Seja relevante. Um escritor geralmente escolhe essa carreira para ter o poder de pregar um ponto de vista divergente do resto da sociedade. É o eterno contestador, naturalmente inconformado com o mundo. Ele tem que chocar e fazer pensar.



3) Acha que todos nascem criativos ou isso é para poucos?


Criatividade é somente uma questão de treino. Ninguém nasce com “talento” para desenhar, pintar ou escrever. O que existe são pessoas mais interessadas em aprender e crescer, pessoas com sede de evolução. Se você gosta muito de alguma coisa, vai querer investir seu tempo nisso e conseqüentemente vai acabar se tornando um profissional de respeito. O que eu mais vejo por aí são pessoas preguiçosas que acham que tudo vem de mão beijada. Elas não imaginam o empenho e dedicação que está por trás de cada trabalho. É mais fácil dizer que tal pessoa já nasceu com “o dom” e desistir dos seus sonhos, do que arregaçar as mangas e lutar para conquistar o seu espaço.

Como qualquer outra carreira, esse trabalho tem que ser encarado com muito esforço e seriedade. Da mesma forma que um atleta passa 24 horas por dia treinando, um artista precisa estar 24 horas por dia lendo, escrevendo, desenhando e buscando referências para desenvolver (e treinar) seu potencial criativo. E muita gente desiste no meio dessa jornada por falta de dedicação.



4) Como você desenvolve e treina seu potencial criativo?

Como eu disse anteriormente, eu leio muito e tento me manter o mais atualizado possível dentro das áreas de cultura e entretenimento. Uso todo o meu tempo disponível para acompanhar o que os outros colegas de profissão estão fazendo, pesquisando (com muito bom senso para separar o que pode ser usado como futura referência e o que deve ir direto pra lata do lixo), criando novas formas de se contar uma história e buscando inspiração na vida real. É só estar de antena ligada o tempo todo para absorver as informações, processá-las e transformar esse material bruto em novas idéias. Dessa maneira, você percebe que tudo pode virar uma história. Sua infância, o modo de comportamento das pessoas, uma discussão que você teve com o namorado, um texto da internet, um programa na tv, um vídeo do YouTube, um game que você joga, uma crítica à sociedade, até mesmo uma conversa de bar. Seguindo esse raciocínio, eu anoto cada idéia que surgir, por mais estranha que possa parecer. Se eu acho que pode render um bom roteiro, eu escrevo e guardo. Gosto de deixar a idéia cozinhando durante vários dias (ou meses) na minha cabeça e, só então, quando eu acho que ela está madura, eu começo a construir o roteiro.

Eu também procuro sempre trabalhar de noite. Rende muito mais. Trabalhar de noite é mais tranqüilo (não tem ninguém para te distrair) e você já está com a cabeça recheada de novas informações que colheu durante o dia. A mente tem muito mais material pra funcionar.

Porém, criatividade não é nada sem técnica. Um bom escritor pode transformar uma idéia aparentemente boba numa obra de arte com a mesma facilidade que um escritor medíocre pode estragar uma idéia genial se não souber o que está fazendo. Tudo depende da maneira com a qual você conta uma história.



5) Que influências você recebeu, e ainda recebe, para construir seu repertório pessoal?

No início da minha carreira, como eu já não tinha contato com histórias infantis há muito tempo, eu usava como referência os quadrinhos que eu lia na minha infância, como as antigas aventuras do Tio Patinhas (escritas por Carl Barks) e as tirinhas do Calvin (de Bill Watterson). Mesmo assim, naquela época, o meu senso de humor foi considerado um pouco (ou muito) cínico para a Turma da Mônica. Tive que me dobrar um pouco para me encaixar no padrão da casa, mas aos poucos eu fui criando um estilo meio debochado de roteiro que me agradava mais e isso acabou atraindo os adolescentes e jovens adultos de volta para os quadrinhos da Turma. O fato é que trabalhar com humor é uma tarefa complicada. Ele muda muito de geração pra geração e, felizmente, hoje em dia o público da Turma da Mônica aceita com muito mais naturalidade as piadas ácidas, irônicas e sarcásticas que eu escrevo. Não precisa mais ser tudo tão “mel com leite”.

Atualmente eu acompanho bastante o trabalho do pessoal que cria tiras para internet como Allan Sieber, André Dahmer, Arnaldo Branco, Raphael Salimena, Ricardo Tokumoto e as tiras do Wagner & Beethoven.

Na área dos desenhos animados eu acho interessante o ritmo e a abordagem das Trapalhadas de FlapJack e as críticas sociais muito inteligentes de Family Guy e American Dad.



6) Como você faz para fugir do lugar-comum em suas histórias?


Primeiramente eu procuro sempre imprimir uma personalidade forte (alma) nos personagens, imaginá-los como pessoas de verdade (com uma dose extra de drama, é claro) e não tratá-los apenas como bonequinhos que andam e falam. Caso contrário, a história vai acabar parecendo falsa e artificial. Ainda que eu faça uso de elementos mais surreais e nonsense nos meus roteiros, os personagens precisam ter uma motivação válida por trás de suas atitudes. Seu raciocínio deve fazer sentido naquele mundo onde ele vive e respira, mesmo por trás das mais absurdas decisões.

Como as revistas da Turma da Mônica possuem um público imenso e totalmente diversificado, ao escrever uma história, eu procuro pensar em todos os leitores que vão ter acesso ao gibi. Não é porque ele também atinge o público infantil que as histórias precisam ser bobas, simplistas e burras. Histórias bem sacadas e inteligentes agradam sempre. Por causa disso, cada roteiro pode ser lido em várias camadas de complexidade, uma para cada tipo de leitor:
_ Se é uma criança que está lendo o gibi, ela vai curtir os personagens, as trapalhadas e as gags visuais.
_ Há também o leitor mais fiel, que lê todo o universo da Turma da Mônica, com um nível de conhecimento mais rebuscado, que vai procurar (e encontrar) pequenas referências escondidas para comentar e discutir com os outros fãs.
_ Tem também as pessoas que compram o gibi na banca e já saem lendo, dentro do ônibus, no caminho pra casa. Elas querem entender a história rapidamente e querem piadas fáceis.
_ E, finalmente, existe um outro tipo de leitor, mais maduro e experiente, que vai conseguir identificar diversas críticas sociais e comportamentais por trás de cada situação. Tenho certeza de que, nesse caso, o leitor acaba se identificando, percebendo suas falhas, rindo de si mesmo e, quem sabe até, mude de atitude no futuro.



Minha meta é simples. Nunca dar ao leitor o que ele espera de uma história. No momento de escrever um roteiro, procuro não cair no velho papo de “dar ao público o que o público quer”. Essa é uma fórmula fácil e rápida de agradar, mas acaba se desgastando com o tempo. Quero sempre puxar o tapete, fugir do lugar comum e inovar a cada nova edição. Caso contrário, as revistas acabam inevitavelmente se repetindo, girando sempre em torno dos mesmos temas e não evoluem. Geralmente os leitores, principalmente os mais antigos, já vêm com uma idéia pré-determinada do tipo de histórias que eles gostariam ler. Eles têm medo de mudanças e não aceitam nenhum tipo de inovação. Isso limita muito a imaginação do roteirista.

Se os artistas ouvissem somente o público, continuando a produzir apenas “mais do mesmo” e não acreditassem em suas próprias idéias e na força da sua criatividade, ainda estaríamos desenhando homens-palitos nas paredes das cavernas.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Last Shadow Puppets

Checklist - Janeiro 2010



Ronaldinho Gaúcho 37
História de Abertura: "Alienígenas no meu quintal!" -
Ronaldinho exagera no chute e coloca a bola em órbita mais uma vez. A pelota assassina acaba caindo sobre o quintal da Carmem da Esquina, matando no processo, Rasa, Resa, Risa, Rosa e Jurubeba, suas rosas de estimação. A doida acha que é uma invasão alienígena e se arma com um mata-mosquito e almôndegas temperadas com coentro. Enquanto isso, Ronaldinho e Diego entram num gigantesco buraco de toupeira e enfrentam um perigoso e inesperado chupa-cabras barrigudo. Será que nossos amigos conseguirão vencer a poderosa criatura das trevas? E onde eles irão arrumar 18 mangos pra pagar a pizza de calabresa com borda recheada? Tudo isso e muito mais nessa emocionante aventura contada em 28 páginas coloridas de pura ação e espiritualidade!





Mônica 37
História de Abertura: "Muita confusão pra um só Monicão!" -
Mônica tenta provar para sua mãe que já é uma mocinha responsável e independente. É óbvio que ela não é, mas mesmo assim nossa jovem heroína quer mostrar que consegue colocar sozinha as roupas no varal. Durante esse complicado processo de autoconhecimento e aceitação, ela acaba se envolvendo em toda uma sorte de infortúnios que parecem conspirar contra sua sagração. Terremotos, alagamentos, Cebolinhas e Monicões se unem para destruir todos os sonhos e ilusões da pequena indomável. Uma verdadeira lição de vida contada em quadrinhos...





Cebolinha 37
História de Abertura: "Pega pra mim?" -
Durante uma emocionante cena de perseguição, o coelhinho da Mônica acaba ficando preso na árvore mais alta da região (o primeiro Limoeiro, plantado na época em que o bairro ainda era conhecido como Bairro do Tamarindeiro). Mônica (a menina que não consegue nem pendurar uma roupa no varal) tenta convencer um inocente Cebolinha a enfrentar uma série de perigos para pegar o coelhinho de volta. Como todo mundo na vida tem seu preço, nosso herói decide embarcar nessa jornada imaginando que dias melhores virão. No caminho ele terá que enfrentar um pica-pau invocado, uma coruja macho, uma onça pintada, uma Magali faminta, morcegos gigantes e uma família inteira de marimbondos viciados em dominó.

Participação especial da Carmem da Esquina e suas famosas rosas de estimação (as mesmas que acabaram por falecer na historinha do Ronaldinho Gaúcho).

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

I ain't born typical

Checklist - Dezembro 2009



Cascão 36
História de Abertura: "O Filho do Papai Noel!" -
O Pai do Cascão quer fazer uma surpresa pra ele fantasiando-se de Papai Noel, mas o inocente garoto acaba confundindo-o com uma ratazana gigante, muito astuta e traiçoeira, que consegue assumir formas humanas. Cebolinha aparece pedindo uma xícara de açúcar emprestada e os dois garotos curiosos acabam encontrando uma fantasia de bombeiro dentro do pote de biscoitos. Depois disso, nosso pequeno herói surta e acha que é o próximo avatar da fraternidade e compaixão entre os homens de boa vontade. Com a ajuda de Zoraide, Judite, Jerusa, Jurema e Maravilha (suas moscas amestradas mutantes) e de uma caixa de papelão usada, o filho do Papai Noel arruma um trampo de lixeiro, tenta provar o seu valor na sociedade, entra em conflitos morais com seus vizinhos e no meio de todo esse perereco, Cebolinha ainda tenta faturar um troco...





Almanaque do Cebolinha 18
História de Abertura: "Era uma vez uma loja de brinquedos eletrônicos..." -
O dono de uma loja de brinquedos eletrônicos está desesperado porque não consegue arrumar nenhum cliente (o Bairro do Limoeiro, na verdade, existe numa espécie de limbo temporal onde todas as crianças ainda jogam bafo e piões são os brinquedos da moda). Afundando em autopiedade, nosso protagonista tem suas esperanças renovadas quando Cebolinha e Cascão adentram seu humilde estabelecimento... Se eu contar mais alguma coisa vou acabar estragando a leitura (odeio spoilers). Só tenho que acrescentar que eu sou da geração da pipa, do pique-esconde, do jogo de taco e da bola na rua (e nunca tive um mísero carrinho de controle remoto na vida) então, por aí já dá pra imaginar qual é a moral da história >;)

Bônus: Para ler essa história completa é só clicar aqui.





Almanaque Historinhas de Três Páginas 04
História de Miolo: "Cascão - Um Amor de Pernilongo!"
- Roteirinho rápido e rasteiro com o Cascão tentando se livrar de um pernilongo insistente. Nada a acrescentar (o que vcs queriam? em três páginas não dá pra escrever nenhum épico da literatura brasileira) >:P

sábado, 16 de janeiro de 2010

Thunder and Lightning

Checklist - Novembro 2009



Cascão 35
História de Abertura: "A Festa de Aniversário à Fantasia!" -
Sério? Historinha de Aniversário? De novo? Pra quem nasceu ontem elas até parecem novidade, mas pra quem já escreve Turma da Mônica há 15 anos, bolar roteiros de aniversário é uma tortura! Essas histórias geralmente têm um potencial desastroso para piadas repetitivas sobre bexigas, bolos e presentes... Mas, como os leitores exigem as tais histórias e reclamam (MUITO) se não forem publicadas, aqui vai mais uma...

Dessa vez, pra fugir do lugar comum, eu inventei uma desculpa de que a festa do Cascão seria à fantasia só como pretexto para colocar o Cebolinha e a Mônica fantasiados de jumento. O que nos leva ao segundo capítulo dessa emocionante aventura: "O Dia em que o Cascão, finalmente, ganhou o tão sonhado Pônei cor de Marmelo!"
Muitos anos atrás, numa historinha que eu nem me lembro mais, eu citei que o maior sonho do Cascão era ganhar um Pônei cor de marmelo, e desde então isso virou uma piada recorrente nos meus roteiros, vira e mexe ele menciona o tal pônei. Parece que agora, finalmente, seu sonho foi realizado! E no final das contas, o que poderia ser mais um roteiro cansativo sobre um dos rituais mais constrangedores da classe média acabou se tornando uma das minhas histórias favoritas =D

Participação especial da Mônica e do Cebolinha como o gracioso Xícara de Manteiga.





Cebolinha 35
História de Abertura: "O Fabuloso Tapete Mágico!" -
Cebolinha termina de ler um livro sobre as fábulas das Mil e duas Noites e fica vidrado na idéia de possuir um tapete voador. Felizmente, o Xaveco compra um tapete mágico na banquinha esotérica da fabulosa, porém desconhecida, Madame Creuzodete do Abaeté, a vidente das estrelas. Eles planejam usar o tapete para viajar até a Arábia e encontrar a caverna do Tesouro que é mencionada na história "Ali-Babado e os Quarenta Ladrões". O que eles não esperavam era que a Xabéu (a irmã gostosa do Xaveco) também entraria na disputa pelo tesouro...

Quando eu bolei esse roteiro, eu imaginei uma história gigantesca, cheia de reviravoltas, onde os garotos realmente encontrariam o tal Ali-Babado ainda tomando conta da caverna. Infelizmente, o roteiro acabou ficando com mais de 50 páginas e o projeto foi por água abaixo. Mas como eu não nasci ontem, acabei dividindo a história em duas partes, troquei o Xaveco pelo Cascão (e a Xabéu pela Mônica) e o segundo capítulo saiu publicado no mesmo mês, no gibi Mônica n° 35 (logo abaixo).





Mônica 35
História de Abertura: "Aventura das Arábias!" - Mônica, Cascão e Cebolinha vão até a Arábia buscar o tesouro do Ali-Babado e, entre uma discussão e outra, descobrem o que aconteceu com o antigo herói das fábulas, entram em conflito com os quarenta ladrões, atravessam o deserto num camelo e se metem numa enorme aventura envolvendo tapetes voadores, armadilhas secretas, brigas conjugais e flanelinhas gananciosos.

O simples fato de trocar os personagens da história anterior rendeu mais piadas do que eu podia imaginar. Cebolinha, Mônica e Cascão realmente têm personalidades mais fortes e características mais sólidas do que o Xaveco e a sua irmã. A interação entre esses três personagens foi um fator determinante aqui. As brigas, diferenças, confusões e soluções criativas que suas peculiaridades permitem criar são quase infinitas e fizeram com que esse roteiro se tornasse uma história muito mais divertida de se escrever. Daria um puta desenho animado cheio de ação e aventura... é esperar para ver =D

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Com taxa de conveniência e o caralho...

Checklist - Outubro 2009



Bidu - 50 Anos
História de Fechamento: "Bidu Mangá" -
"No topo do monte mais alto da lendária Província do Vento Norte, localiza-se o majestoso Templo Secreto dos Antigos Magos da Quinta Dinastia Azul! É nesse misterioso cenário que encontramos nosso herói Bidu, que passou a última semana escalando o lado oriental da perigosa montanha..."

Assim começa a primeira história da turma do Bidu em estilo mangá.

Bidu 50 Anos é um álbum especial que coleciona as maiores aventuras do personagem desde sua criação nos anos 60, cada uma com um estilo característico de desenho e narrativa que marcaria a história do cachorrinho azul, símbolo máximo dos Estúdios Maurício de Souza. Exatamente por essa razão, fiquei imensamente honrado ao ser convidado para criar esse novo universo, baseado em samurais, ninjas e códigos de honra orientais (tomando todas as liberdades possíveis, é claro) para representar o mercado atual das histórias em quadrinhos, onde as aventuras em estilo mangá lideram a preferência dos leitores mais jovens.


Na verdade, por alguma estranha razão, os personagens já tinham sido apresentados ao público dois meses antes, na contra-capa da edição de agosto da Turma da Mônica Jovem. Mistérios da meia noite...





Mônica 34
História de Abertura: "Brincando de Vendinha!" -
Mônica começa a fazer um curso de culinária por correspondência (ministrado pela fabulosa, porém desconhecida, Madame Creuzodete do Abaeté, a vidente das estrelas) e decide investir na carreira de cozinheira. Ela monta uma vendinha no meio do campinho e praticamente obriga os meninos a comprarem seus assombrosos quitutes, que incluem pudim de jiló, frapê de boldo, coraçõezinhos de frango caramelados, estrogonofe de pés de galinha e um supercombo de suflê de fígado com milk-shake de feijão.





Grande Almanaque da Turma da Mônica 6
História de Abertura: "O Festival do dia do Bairro do Tamarindeiro" -
Vinte e quatro anos atrás, na época em que o Bairro do Limoeiro ainda se chamava Bairro do Tamarindeiro, Dona Cebola foi sabotada numa apresentação de balé pela invejosa Carmem da Esquina (que na época ainda se chamava Creuza da Esquina). Hoje, vinte e quatro anos depois, Dona Cebola (já com muitos quilos a mais) está tentando reviver as glórias do passado, treinando a turminha para uma apresentação de balé baseada na peça "Romeu e Julieta". O problema é que a Carmem/Creuza da Esquina está de volta (também mais gorda do que nunca) para sabotar mais uma vez o espetáculo.

Paricipação especial do Cascão como a melindrosa Abelhinha Purpurina.